Atenção: este texto não se estende a situações que envolvem assédio, opressão e formas de preconceito. Ele é sobre os papéis sociais que assumimos nas relações e sobre o quanto a vitimização nos empobrece como seres humanos.
Sei que esse é um assunto delicado e que muitas pessoas se vitimizam até sem perceber — e, talvez, este texto seja justamente para essas pessoas. Porque não é só nos outros que precisamos reconhecer padrões. Antes de tudo, precisamos reconhecê-los em nós mesmos.
Se você vive constantemente situações nas quais você é só vítima, te convido a analisar melhor essas situações. Será que você foi mesmo injustiçado ou essas são só as consequências das suas próprias atitudes? É muito mais fácil adotar uma posição de fragilidade do que assumir seus atos e buscar amadurecimento.
Ou você realmente acredita que o mundo todo está contra você?
A posição de vítima é resultado da baixa autoestima e falta de confiança no próprio potencial. A lógica é mais ou menos essa: por não se achar capaz de enfrentar obstáculos sozinha e conquistar a admiração alheia a partir do próprio mérito, a pessoa tenta manipular quem está a sua volta através do sentimento de pena.
Isso pode até funcionar até certo momento, mas, a longo prazo, as máscaras caem. E, se você não assumir as rédeas da sua vida, você vai perder a admiração de pessoas importantes para você. Isso é inevitável.
É que cansa, sabe? Já dizia um autor desconhecido “todo mundo que você encontra está lutando uma batalha que você não sabe nada a respeito”. E eu ouso dizer que o que nos diferencia é o modo como lidamos com essas batalhas. Até quando você vai se esconder atrás das suas?